O artigo discorre sobre a deterioração da democracia brasileira e a consequente eleição
do presidente Jair Bolsonaro. Segundo o autor, instituições de accountability, que
poderiam servir como antídoto ao populismo, atuam como agentes da desestabilização da
democracia. Albuquerque foca em quatro aspectos para esta análise, que estão
relacionados à Operação Lava Jato: 1) as irregularidades da operação; 2) os elementos de
politização; 3) o legado; 4) a interpretação hegemônica na relação entre populismo e
democracia na contemporaneidade. Dentre as considerações do autor, o discurso sobre o
fortalecimento de instituições de controle, como Judiciário e imprensa, como barreira ao
populismo é muito simplista e unidimensional. Para Albuquerque, as instituições, ao
atuarem como agentes de deterioração da democracia brasileira, possibilitaram a chegada
de Bolsonaro ao poder. Ainda para Albuquerque, a crítica sobre o populismo esconde
um modelo político elitista, que prioriza a lógica da globalização neoliberal sobre a
soberania popular.
Populismo, elitismo e democracia: reflexões a partir da Operação Lava Jato
Como citar essa obra nas normas ABNT:
ALBUQUERQUE, Afonso. Populismo, elitismo e democracia: reflexões a partir da
Operação Lava Jato. In.Mediapolis: revista de comunicação, jornalismo e espaço
público. Coimbra, n. 12, p. 17-30, 2020.
Como citar essa obra nas normas APA:
Albuquerque, A. de. (2021). Populismo, Elitismo e Democracia. Mediapolis – Revista de Comunicação, Jornalismo E Espaço Público, 12, 17–31. https://doi.org/10.14195/2183-6019_12_1