Linha de Pesquisa: Populismo e Media

Na última década, temos assistido à emergência de governos populistas, em diversos países do mundo, que põem em causa as regras da democracia liberal, principalmente no que tocam às liberdades individuais, à liberdade de expressão e de imprensa.

Trata-se de governos populistas de caráter autoritário, que têm vindo a instalar-se, muitas vezes, a partir da realização de eleições livres, seguidas da tentativa de alterações constitucionais que visam perpetuar os líderes no poder e condicionar direitos no campo das liberdades individuais e dos direitos humanos. Os populismos contemporâneos, ou neopopulismos, adotam uma atitude de contestação aos valores democrátcos – como o primórdio do estado de direito, o pluralismo, a liberdade de expressão e de comunicação e os direitos  humanos –  e às suas instituições de mediação e regulação.

Neste grupo de agentes populistas estão os populismos autoritários modernos, encarnados por líderes que estão, ou estiveram, no poder, como Donald Trump (Estados Unidos), Jair Bolsonaro (Brasil), Recep Erdogan (Turquia), Viktor Orbán (Hungria), Rodrigo Duterte(Filipinas), Matteo Salvini (Itália), bem como outros em fase de consolidação, como Marine Le Pen (França), André Ventura (Portugal) ou Santiago Abascal (Espanha).

Nesta linha de pesquisa integram-se todos os trabalhos e projetos que desenvolvem, de forma central, esta temática, relacionando o populismo com o papel dos media, das tecologias de informação e da comunicação e das redes sociais.