O Populismo e as ciências sociais no Brasil: notas sobre a trajetória de um conceito

Ano: 1996

Autor(es): Angela de Castro Gomes

Periódico(s): Revista Tempo

Categoria(s) Temática(s): História do Populismo

Tipo de Referência: Artigo em Periódico

Palavra(s)-chave: autoritarismo, ciências sociais, História do Brasil, neoliberalismo, populismo

Este artigo acompanha a trajetória do conceito de populismo na produção acadêmica da
história e das ciências sociais no Brasil, tendo por base um período aproximado que
decorre de meados dos anos 50 até o final da década de 90. O objetivo da autora é procurar
identificar e delinear as principais propostas elaboradas sobre o populismo na experiência
brasileira, situando alguns contextos, autores e textos. O estudo perpassa o ademarismo,
o janismo, a emergência da figura do presidente João Goulart, o herdeiro de Getúlio
Vargas, e de seus competidores, Leonel Brizola e Miguel Arraes, e o movimento militar
de 1964, quando o fenômeno do populismo passa então a integrar, com destaque, a nova
agenda de investigações dos pesquisadores. É realizada incursão especial nas formulações
de Francisco Weffort, importante teórico no Brasil e professor de ciência política da
Universidade de São Paulo (USP). Ao final, é discutido o papel ativo dos trabalhadores
na política, com o que ela chama de A invenção do trabalhismo. A conclusão apresentada,
após análise das discussões teóricas dos anos 90, é que talvez se possa pensar a
reemergência do populismo como uma atualização da tragédia brasileira, condenada ao
autoritarismo.

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Como citar essa obra nas normas ABNT:
Gomes, Angela (1996). O Populismo e as ciências sociais no Brasil: notas sobre a
trajetória de um conceito. Rio de Janeiro, Tempo, Vol. 1, no. 2, p. 31-58.